sábado, 10 de novembro de 2018

Aniversário do Blog – oito anos com a Espiritualidade


Hoje [05/11/2018] comemoramos oito anos de publicação das comunicações originárias da Espiritualidade. Os Irmãos e Irmãs que se dispuseram em trazer suas experiências aos encarnados, contribuíram para um aprendizado coletivo, irmanados pelo sentimento colaborativo para a evolução de todos.
Nos oito anos de trabalhos, muitas revelações se fizeram, orientações foram dadas, mensagens foram encaminhadas, a fraternidade foi estendida para muitas Almas. O Amor Espiritual se faz a cada psicografia e sinaliza que os laços entre o Mundo Invisível e o Mundo Material estão a cada dia mais ajustados, assertivos e integrados.
Destaca-se na Espiritualidade a abrangência de cada palavra, de cada frase, em seus efeitos nas consciências dos leitores do Blog. A cada leitura um chamamento se faz para a Espiritualidade, e um todo de Espíritos se direciona para conversar com a consciência que reflete, que questiona, que busca rememorar familiares e amigos, que busca relembrar passados vivenciados, ou que pensa em um futuro melhor.
As conversas vão além do momento da leitura, se estendem para sonhos, diálogos com outros Espíritos, para realidades em outras esferas e para ambientes que são considerados oportunos para estimular a evolução do encarnado leitor das psicografias do Blog.
Compreendendo o alcance de cada consciência, a Espiritualidade encontra o momento oportuno para o passo seguinte; além de psicografias que oportunizaremos sobre as experiências dos Espíritos que chegam na Espiritualidade, traremos aos encarnados a partir de agora conhecimentos sobre tecnologias. Estão destacados Irmãs e Irmãos das mais diferentes áreas da Ciência que trarão informações sobre Tecnologia e Ciência.
Que o ano vindouro do Blog esteja, e está, iluminado pelo nosso Pai Celestial e que essa luz se irradie na consciência de cada leitor do Blog Espiritualidade2010.
Fiquem com Deus!
Irmão Bartolomeu
Psicografado em 05 de novembro de 2018.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Amor e Fraternidade

Foi um tempo que passou. Tive diferentes momentos na vida quando estive na carne. Diferentes sentimentos me percorreram a Alma. Mas sempre me dediquei diante das situações, as mais pequenas que fossem.
Fui mãe zelosa e sempre procurei atender os filhos com mais atenção que pude. A pobreza que assolou na época fazia das dificuldades a forma como a mais difícil de se passar. Mas tudo foi realizado com o terço na mão e com muita fé no coração.
Dias difíceis são para aprender e guardar. E os mais sóbrios são aqueles que quando recordamos, encontramos os maiores aprendizados. E foi com o zelo de uma mãe dedicada, que dava de si para o conforto dos filhos, que pude acalentar as dificuldades pelos quais não queriam que meus filhos sentissem. Também não desejava que eles percebessem.
Mas a situação era tão sublime, quando nas orações procurava olhar em pensamento um pão na mesa; fazia isso para pedir ao pai que atendesse quanto às dificuldades do alimento... queria que não faltasse comida aos filhos.
Mas, de vez em quando a comida até diminuía e as orações se faziam em matérias e sentimentos de outros, que percebendo minhas dificuldades, estendiam um pão ou algum pacote de comida.
Em minha época, de vida no interior, a vida de mãe solteira não era muito aceita.  Tive uma vida repleta de dificuldade quanto a essa questão do reconhecimento amoroso da comunidade.
Mas estou apenas a recordar as experiências, e não a reclamar..., tudo é uma aprendizagem, que foi e é muito útil para atingirmos maiores momentos com os Espíritos Superiores.
Mas como estava escrevendo... Fui mãe zelosa e sempre me dediquei com minhas forças para os meus filhos. Tive um filho com deficiência e fui abandonada pelo marido em mesmo momento da gravides.
Depois fiquei encantada e com a esperança refeita quando outro rapaz se aproximou. Mas a única coisa que me deixou foi a felicidade de uma filha. E esse dadiva divina foi minha base e é minha luz até na Espiritualidade. Minha filha foi quem me auxiliou a cuidar de meu menino, e também depois de mim.
Tive meus sonhos desmanchados para aprender a caminhar com as próprias pernas. Tudo dentro da misericórdia divina e em consonância com o amor de Cristo. Amor e Fraternidade. Eis o que aprendi em minha vida com a carne. Temos de ter Amor para com todos e eterna Fraternidade de forma indistinta.
Hoje vejo e relembro o aprendizado e compreendo como foi é, e sempre será, estar aprendendo sobre o Amor e a Fraternidade. E com certeza a pratica leva à perfeição. E nesse ponto clamo para estarmos sempre atentos. As mães, as mulheres trazem no íntimo uma chama, uma luz, um átomo que as propicia o Amor e a Fraternidade para com todos os irmão.
Amar sempre e ser Fraterna indistintamente. São aprendizados e práticas de quem percorreu a carne com um menino e uma menina de “ouro”. E hoje os vejo com luzes em meu Mundo, na Terra ou na Espiritualidade, são ambos meus anjos. Guardião e Protetor.
Fiquem com Deus e pratiquem o Amor e a Fraternidade.

Luiza A. J. P. 
Psicografado em 15 de junho de 2018.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Queridos!


Quando recordo e revivo os dias que pela Terra passei, sinto uma alegria muito grande em reconhecer as pessoas que me ajudaram no meu crescimento.
Vejo minha entrada na Terra pelas mãos de minha mãe. Que ela sempre se dedicou em dar o melhor de si para mim. E vejo meu pai que também trabalhou de sol a sol; e que por vezes deixou a dor ser menos forte do que a minha necessidade, e mesmo doente foi em busca do pão para o meu sustento.
Vejo meus irmãos que comigo dividiram o mesmo espaço doméstico e das confusões que fizemos no ambiente.
Vejo as aulas, na escola perto de casa, onde as professoras iniciaram as ciências e as artes para mim.
Vejo o andar dos anos e como esses mesmos anos forem transformando as rotinas e o meu pensar, como o tempo foi burilando a minha forma de ver e sentir o mundo. Mais que isso, vejo como as voltas do mundo geraram e me levaram para mais perto de Deus.
Mas vejo o quanto sou pequenina diante da grande obra divina, uma pequena centelha de luz a percorrer diversos tempos, diferentes roupagens, diferentes caminhos e se encontrando com as outras almas em diversas encruzilhadas das vidas, das vidas sim, no plural.
Vejo a quantidade de experiências vividas e as transformações que passei e ainda estou passando.
De uma luzinha esmaecida e cintilante se transformando em algo mais radioso em cada caminhada nas encarnações.
O amor que construímos em cada caminhada, são como a Luz do Sol, são como iluminar o coração a beneficiar a todos e todas por onde passamos.
Vejo que a vida, ou melhor, as vidas, são nossas passagens para um dia chegarmos aos nossos destinos, ao que todos devem chegar, ao coração de Deus.
Da irmã Iolanda.
Para sempre.
Amores!
Psicografado em 13 de julho de 2018.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

A vida é bela!


Tive muitas dificuldades quando estava vivendo na Terra. Certamente todos os têm. E não cabe a ninguém tentar comparar as mesmas e colocar uma medida entre aquelas que se quer classificar como mais ou como menos difícil. É que a cada um a dificuldade é relativa. Mas é exatamente ai que a vida se revela.
As dificuldades são o testemunho que a beleza da vida se faz. As dificuldades celebram o nosso aprendizado e nos ligam aos entes queridos da Espiritualidade. E ai esta, exatamente, a beleza da vida.
Quando experimentamos as dificuldades, sentimos a nossa diminuta condição diante da grandiosidade do universo. Nessas situações nossos corações, nossa alma, nossos sentimentos, conversam no recolhimento intimo onde se oportuniza o encontro sagrado de Deus. Um encontro com nossos entes queridos que estão na Espiritualidade.
Entre palavras sopradas ao coração, também são passadas a sensação que tudo irá passar; que as situações melhorarão. É o encontro de vidas, de almas, de amore. E o aconchego de luzes e de sentimentos a se abraçar pela fé. A vida nessas oportunidades se faz iluminar, ao aproximar pessoas que se querem bem.
Mas nem sempre ocorre a devida atenção. E a pessoa encarnada deixa de escutar a alma, o sopro no coração, a luz e a esperança. É quando decide aprender de maneira torta sobre as coisas de Deus. E no abreviar a vida na carne, assume uma condição antagônica a Moral do Cristo.
Mas a beleza da vida está no exato momento em que aquela escuridão que preenchia os pensamentos, que fazia a alma sofrer por coisas passageiras, é quando se ilumina pela graciosidade do olhar materno.
A vida é bela pelas Mães Espirituais que nos amparam, acolhem, revigoram, acalentam e nos recolhem dos lugares sombrios em que mergulhamos.
Queiram ou não: sempre há uma Mãe Espiritual, uma “Mãetora”. E ela cuida no silencia da alma aos filhos e filhas que passam por dificuldades e que ainda pensam que estão só.
Mesmo na dor, ela está ao lado.
Mesmo na escuridão ela segura a “vela” para iluminar o caminho.
Mesmo na doença, ela traz o remédio da alma.
Mesmo na desesperança, ela sopra no coração a fé que conforta.
Se um dia abreviei minha passagem pela Terra foi por que não desejei à escutar.
Mas, independentemente de tudo, ela já mais me abandonou: Minha querida “Mãetora”, Minha Mãe Espiritual.
Que me segura e guia em todos os dias.
Maristela

Psicografado em 31 de agosto de 2018.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Quando deixei a Terra


Um dia deixei a Terra e fui para um mundo totalmente diferente. Me encontrei em paisagens idílicas, com muita luz e suavidade. Não estava só, pois comigo estava minha querida vó materna, que bem antes de mim já havia feito a passagem.
Minha vó levou-me para lá para que eu sentisse a paz que me faltou nos últimos dias, antes de deixar a Terra. Foram momentos complicados aqueles quando o corpo passou os últimos estágios do coma profundo, quando as perturbações em lembrar dos filhos que ficavam e das tarefas inacabadas. Tinha uma sentimentalidade que não apaziguava de forma alguma a certeza de estar em desfecho da vida na Terra. Fiquei em diversas ocasiões em tristeza pela situação. E mesmo conversando com a vó e outros que acompanhavam naqueles últimos instantes, ainda queria ver meu quadro se reverter. Mas não tinha mais como reverter a falência encefálica que passou a acontecer de forma rápida em dado momento. E a minha situação foi a de aceitar os fatos... A vó, toda carinhosa, segurou minhas mãos, e me olhando no fundo da minha Alma, disse que a vida é mais bela e feliz quando cumprimos com as orientações de Deus, e no meu caso, a vida estava apenas recomeçando. E agora, mais uma vez, no plano espiritual.
Saímos do hospital e ela levou-me para um lugar maravilhoso, com flores, e pássaros, e arvores, e um belo rio, tudo com colorido radioso que encantava de tal forma o coração, que mais parecia como embalar o filho no braços; sentia eu que toda aquela paisagem me abraçava de tal modo a me encher de paz e de felicidade. E mais que isso, fazia-me sentir em paz e tranquilo diante dos fatos acontecidos momentos antes. Era como se tudo tivesse ficado num passado distante e o meu único desejo naquele lugar, naquele momento, é e era o de respirar e me encher daquele momento, de viver com toda a intensidade aquele instante de luz e paz.
A calma que preencheu-me a Alma, e era tanta, foi me elevando em pensamentos, em recordações felizes, em sentimentos fraternos. E as únicas palavras que saíram e saem de minha Alma são: Obrigado! Pai!
A luz daquele ambiente, daquela natureza espiritual, o canto dos pássaros e o silvo do vento nas flores, eram e são uma musicalidade que vive em meu intimo até hoje. A espiritualidade faz bem aos Espíritos, muito mais a que se possa imaginar. Enquanto a vida na matéria nos aprisiona momentaneamente em circunstâncias de aprendizado.
Sempre aprendemos! Isso não restam dúvidas. Mas a graça divina oportuniza uma luz maior nas Almas; é quando elas retornam ao mundo espiritual. O deslumbramento que sentimos ao tomar consciência na retomada de nossas vidas na Espiritualidade é de tal maneira, que é como se recém estivéssemos chegado em ambiente tão fraterno em nosso lar.
Agradeço a cada momento os que tenho vivenciado na Espiritualidade, agradeço a cada reencontro, a cada descoberta e sempre na certeza da caminhada na direção do Pai Amado, ao nosso querido e bondoso Deus de Amor!
Ambrósio
Psicografado em 10 de agosto de 2018.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Conhecimento e consciência


Eis ai dois conceitos que se interligam em um só, na máxima Sabedoria.
A sabedoria está fundamentada nessas duas bases: o conhecimento e a consciência. Todo aquele que se diz sábio ou assim o quer ser reconhecido, necessita praticar a busca e a exposição do conhecimento, contribuindo para o crescimento de todos os outros que lhe cercam e também ao aprender com eles; aumentar e a aprimorar o seu cabedal de conhecimentos.
E na mesma proporção, no mesmo passo, cabe desenvolver a consciência; tanto sobre o que transmite e aprende, como também sobre a condição de cada qual em sua capacidade de discernir os conhecimentos que lhe são dirigidos.
A condição do sábio está na exata proporção da sua humildade em saber conduzir o conhecimento em acordo com a consciência daqueles que lhe cercam ou lhe procuram, ou mesmo lhe cruzam o caminho.
Todo sábio necessita aplicar com empatia o despertar da consciência, com o “gotejar” exato de conhecimento para que aquele que aprende. Do contrário, ao esbarrar com o incrédulo e lhe propor algo que o mesmo não está em condições de aprender, estará aplicando a soberba e agredindo o coração do irmão menor em sua condição racional de entendimento.
Em todo desenvolvimento do Espirito o conhecimento anda de par com a consciência. E isso chamamos a atenção, pois, ao que referimos: é a lucidez com que é aplicado o entendimento sobre o mundo, sobre as coisas, e sobre si mesmo. A lucidez em entender e aplicar o conhecimento, em praticar o saber, concomitante aos efeitos singulares das evidencias e percepções, pois essa, apesar de toda a condição disciplinar imposta pelas ciências, ainda é peremptoriamente exclusiva e singular, e condição unívoca de cada Espirito no seu caminhar rumo em evolução.
Conhecimento e Consciência, ou melhor ainda, entendimento e lucidez, ambos se perfazem pela humildade e tarimbam a condição, o estágio em que se encontra a sabedoria do Espírito.
Compreender esse contexto lhes dá uma oportunidade para qualificar a condição dos Espíritos que se manifestam. 
Allan Kardec destacou tal situação quando oportunizou ao mundo a Escala Espirita. Sem ele desejar um ponto ou postura crítica ou demagógica, o nobre estudioso apenas desejou facilitar a busca pela verdade, pelos desejosos de se comunicarem com o mundo Invisível.
Hoje o entendimento humano atinge um determinado patamar. Ou seja. O conhecimento está em determinado nível. E em mesma circunstância está a consciência. Ou seja. E em mesmo patamar está a lucidez da humanidade.
Ao Sábio não cabe acelerar os processos, mas aplicar na medida certa, no momento exato, para o desenvolvimento dos Espíritos.
De um grande Amigo!
Humildade Sempre!
Psicografado em 26 de junho de 2018.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Dificuldades são degraus


A vida tem dessas coisas que chamamos de dificuldades; mas elas são apenas alguns degraus que servem para nosso crescimento espiritual. É com esses degraus que subimos ao Pai de Amor.
E é com o entendimento adquirido com essas dificuldades, na superação pelo entendimento, que vamos nos transformando em almas puras. Em cada degrau, em cada superação das dificuldades, vamos entendendo de formas mais conscientes sobre a verdadeira essência de Deus.
Deus, em sua pureza, sabe coisas que para nós parecem desnecessárias, mas é exatamente por nossa evolução que Deus coloca a exatidão da dificuldade que poderá contribuir para o crescimento e esclarecimento da consciência. E essa dificuldade é colocada na proporção certa para cada um, nem mais nem menos.
E como os nossos Arcanjos nos auxiliam nessa caminhada nos degraus das dificuldades da vida, ou das vidas, rogamos por Deus a sua misericórdia diante das nossas palavras de censura contra o que nos é dado para crescermos.
Mas a vida tem dessas coisas. E precisamos superar nossa ignorância sobre que não é dado e não percebemos com os olhos da consciência.
Assim fica uma proposição de reflexão. Refletir sobre o porquê das dificuldades; e refletir sobre essas que também encontraremos a Luz de Deus.
Com amor.
Henrique
Psicografado em 25 de maio de 2018.

sábado, 23 de junho de 2018

Oi!


Muito feliz fiquei a pouco quando aqui cheguei com meus amigos e amigas. Viemos aqui para brincar e conhecer sobre este local que poderia abrir portas e deixar nossas brincadeiras serem mais significativas ao nosso coração.
Foi com alegria que nos envolvemos com os presentes e colocamos nossas mãos e pensamentos sobre os mesmos que estavam ao redor dessa mesma mesa.
Naquele momento era uma felicidade muito grande. E a professora nos dizia que podíamos fazer o que queríamos. Eu por minha vez, aproveitei para pedir um pouco de amor da mãe presente, pois tive que deixar a minha quando ainda tinha 8 anos.
Mas nada de tristeza, pois com amigos assim, com muitas brincadeiras, e com tanta alegria, não tem como ficar triste. Mas tenho ainda um pouco de dificuldade para escrever, e por isso a professora segura minha mão, e com essa outra mão vamos escrevendo sobre o papel. Às vezes me escapa os dedos e a professora volta a me ajudar.
Mas não tem muito problema, a mão firme do tio ajuda a guiar e fazer as palavras serem escritas no papel.
Obrigado tio!
Quero dizer que a saudade ainda me martela no peito, pois tive que deixar o hospital e não pude mais ver com perfeição a minha mãe e nem o pai. Ficou tudo um pouco confuso.
Aqui tenho meu amigo Márcio, que anda sempre comigo agora, que fala e me leva para brincar em lugares muito bonitos. E que antes eu não conseguia e chorava por não poder brincar. Mas agora eu posso e me divirto muito.
Quando morava no hospital tinha muita dor no peito e no corpo, e em muitas vezes a minha cabeça pesava e eu ficava tonto. Mas agora não tenho mais nada disso.
E foi aqui nessa sala que pudemos brincar, que notei as minhas dores sumirem. E quando tivemos que sair, dei um beijo e um abraço naquela mãe que representa a minha e que estou aprendendo a saber a respeitar a falta que faz.
E depois fomos todos embora, que voltamos para nossa praça de brincadeiras; logo apareceram as mesmas pessoas que tínhamos ficado nessa sala. E lá essas pessoas nos levaram presentes e também nos divertimos mais um pouco.
Fiquei confuso sobre o ocorrido, pois pensei que não veria mais eles, pois em outra ocasião foi assim que as coisas aconteceram. Mas a professora e o Márcio me disseram que eu precisava aprender sobre aquilo ali. E era para eu poder crescer. Mas eu ainda não quero crescer, quero brincar, pois não pude antes. E o Márcio, que é do meu tamanho, as vezes tem um jeito de falar que parece como a professora. Ele conhece muita coisa, mas mesmo assim é uma pessoa, um amigo muito legal, que me deixa calmo e tranquilo quanto da minha saudade de casa, do pai e da mãe. Não sei quanto tempo ainda vou ficar na pracinha mas quero ver se logo posso voltar para casa.
A professora diz que eu vou voltar na semana que vem. E isso me deixa bem feliz. Pois quero contar para minha mãe sobre tudo que estou conseguindo fazer agora e que antes não podia.
Estou muito feliz e quero deixar meu beijo de Deus em cada um nessa mesa, e passei a abraçar cada um da mesa e deixar meu beijo de Deus em cada um.
Com muita alegria no Coração.
E com uma felicidade muito Grande.
Mil Beijos.
Jorginho.
Psicografado em 25 de maio de 2018.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Vida na Espiritualidade


Amados irmãos! A Vida na Espiritualidade é fonte de luz e de muito amor. Quando se percebe a luz do Pai em nossos corações a esperança se renova e a vida assume uma nova condição, muito mais de bondade e de carinho, muito mais afetiva e contemplativa, também. Por isso! E tão só por isso é que estamos a caminhar em direção ao Pai Celestial e em comunhão com os outros irmãos e irmãs que ladeiam em nossa jornada. A vida na Espiritualidade é fonte de luz e de muito amor.
Estou hoje, aqui, irmanado a uma plêiade de irmãos e irmãs que se dedicam nos trabalhos aqui na Terra, no sentido do Bem e da Paz. Estamos aqui para consolidar estradas e garantir passos para todos os que pretendem com seus trabalhos, construir um coração mais afetuoso e contemplativo. Sim! Contemplativo. Pois na Espiritualidade também contemplamos a grandiosidade de Deus, do Universo, dos planetas e de suas diferentes naturezas. E estar na Espiritualidade temos essas oportunidades de acompanhar as diferentes almas em seus também diferentes trabalhos de desenvolvimento.
Aos espíritos que habitam na tarefa do Bem, a contemplação assume uma outra dimensão. Ou seja, assume a dimensão de perceber e sentir Deus em sua própria obra, em sua própria criação. E que nós também somos parte da obra de Deus! Mais que isso; somos criaturas divinas e cabe a nós auxiliar que todos os demais que se encontrarem a nossa volta, poderem receber o nosso apoio e as orientações necessárias para o pleno desenvolvimento.
Mas hoje é assim: Eu e outros aqui escrevemos no papel. E como um algo invisível que aos olhos dos terrenos parece sair do nada ou de algo desconhecido. Mas chegará o dia em que aqui nos encontraremos e os mistérios serão desvelados. E será em abraços fraternos e afetuosos. Em trocas de carinho e amor; que nós teremos momentos de reconhecimentos como irmãos e poderemos juntos contemplar ao Pai Celestial e ao seu Universo.
Mas também trabalharemos. E ensinar vocês a fazerem como agora faço; sopro as frases para que uma mão escreva. E perceberão o quanto é trabalhosa tal atividade. E sentirão que para os que acompanham a prece ajuda no processo, pois ilumina a sala e o coração de todos os que nela se encontram. E perceberão que a mão invisível também se torna invisível aos sentidos daquele que escreve. E o que é mais impressionante, aquele que escreve nem sempre acredita que está a escrever, ou nem percebe.
Mas o que vocês aprenderão quando desse lado chegar e desenvolverem essa atividade, é que a sensação de não existir para os que escrevem é algo que ainda mexe com a gente. Mas a certeza que ficará registrado, dentro dessa atividade é a própria obra escrita, a mensagem passada e materializada no papel com a ajuda de diversas outras entidades irmãs e irmãos invisíveis aos olhos encarnados.
Contemplar o invisível e amar sempre. Esse é o lema!
Fiquem em Paz.
Vanderlei
Psicografado em 11 de novembro de 2017.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Viver e aprender sempre

Foi longa a vida que tive na Terra. Mas foi curta a vida que tive com saúde. Apresento aqui o quanto é necessário na vida terrena, as mãos doces e amigas das mães que acolhem os filhos. Em especial aos filhos que chegam com algum tipo de problema físico.
Em minha encarnação, tive como tarefa de aprendizagem as dificuldades de um aparelho que não obedecia o espirito. Não tinha eu o pleno controle do aparelho em terra. Meu corpo era considerado defeituoso. E para piorar ainda mais a situação, conforme passavam os anos, ele foi ficando cada vez mais difícil de obedecer o espirito.
Mas tive uma mãe que me cuidou com muito zelo e dedicação. Vez por outra meus problemas de epilepsia se faziam e ela com todo cuidado me acudia. É! Foram tempos que causei algum constrangimento para aquela que assumiu meus cuidados, tudo para que a minha aprendizagem fosse completa.
De uma criança com deficiência, me tronei em um adulto deficiente, e com epilepsia. E conforme o tempo, até os mais simples movimentos foram assumindo dificuldades.
Mas minha mãe, mesmo cansada, jamais deixou que as coisas me faltassem. Sempre atenta e zelosa fez que tudo fosse ao meu encontro, desde os medicamentos, os médicos, a adaptação da casa, dos espaços do quarto e até dos talheres. Tudo foi para atender as minhas dificuldades físicas, mas não espirituais.
Em meus pensamentos, vez por outra, via que algo estava em desacordo com minha vontade. Que não conseguia se quer equilibrar o garfo. Mas o pior era quando tinha que utilizar outros apetrechos para minha própria saúde.
Se não fossem as mãos de minha mãe, o tempo de aprendizado não teria sido completo. Teria de retornar para a espiritualidade antes mesmo de completar o tempo.
Mas como foi duro para quem me levou até o último suspiro meu. Ela, com dor e sofrimento, me levou até ao último dia que tinha como marcado para completar o aprendizado. E, naquele dia, já com meus mais de 50 anos, minha mãe já idosa, ficou ao meu lado, orando, até quando os equipamentos que me mantinham igual a um vegetal apontaram o meu desencarne. Diagnostico do caso morte: falência múltipla dos órgãos.
Quero deixar meu agradecimento, ao corpo que me serviu de aprendizado, pois sem o corpo o ensino necessário não teria acontecido e eu ainda teria de passar pelo que estava previsto. Previsto pelo fato de coisas realizadas em vidas pretéritas. Mas isso é para outro momento.
Hoje vivo na Espiritualidade, junto com minha mãe, sim, com minha mãe, pois ela logo veio para a Espiritualidade, pouco depois. Ela ficou mais quatro anos na Terra. E quando eu estava pronto, fui buscá-la junto com outros queridos familiares. E quando ela me viu, nossa! Quando ela me viu, foi uma alegria só. Estava eu perfeito, com a consciência perfeita, com os movimentos perfeitos. Mas, como ela disse; com o mesmo lindo sorriso de amor e com o olhar afetuoso.
É assim que completei minha aprendizagem na Terra.
E hoje escrevo para destacar sobre o ensino necessário para galgarmos novos aprendizados. Estamos organizando minha futura encarnação mas não mais na Terra, e sim em outro local com o objetivo de dar continuidade ao progresso. Pois é isso que nos leva a Deus: o Amor e o Progresso.
Fiquem com Deus!
De um querido irmão!
Psicografado em 14 de abril de 2018.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Minhas dores!

A vida que tive na terra não foi a que posso afirmar, como sendo de muitas afeições a riqueza e nem em prosperidades econômicas. Mas tive a oportunidade de ter uma família que se preocupou muito com os outros. E sempre se comportou em conformidade com a religiosidade que melhor nos adequamos.
Nessa oportunidade religiosa, dos povos de religião, São Jorge sempre foi meu santo protetor e claro que não foi ele que veio ao meu encontro quando fiz a passagem. Também não foi nenhum povo ou tribo.
Mas quem veio ao meu encontro em minha passagem foi minha vó, a vó Chica. Ela tinha e tem aquele mesmo sorriso de sempre e com o palheiro na mão. Não! Ela não fuma na Espiritualidade, não!
Mas foi a maneira que de imediato reconheci. E tive uma melhor atenção. Pois a vó Chica não estava com os cabelos brancos. Estava jovem e bela, tal como uma fotografia que guardei dela quando ainda estava na Terra.
Mas conto como foi a passagem.
Estava eu num leito de hospital. E ouvi os médicos e enfermeiras falarem sobre a minha situação. Eu nada podia falar ou dar sinal. Estava com um tubo na garganta e com um monte de fios e tudo aquilo me mantinha em vida; claro que já era vida fora do corpo, pois eu ficava olhando a situação ao lado da cama, com a boca fechada, mas vendo e ouvindo perfeitamente.
E os médicos disseram: a família autorizou, pode desligar as maquinas e ir diminuindo a dosagem.
Eu não entendia muito as questões que aqueles médicos diziam, mas eu estava firme em pensamento, aguardando o São Jorge chegar. Foi então que pela porta entrou a vó Chica.
E com o sorriso característico foi logo me chamando pelo nome e dando aquela gaitada de costume, dizendo: vamos logo, que agora já tá chegando o ônibus.
Fiquei meio sem entender, mas a situação do reencontro me despertou uma enorme alegria.
E disse ela que não era o São Jorge, mas que tinha um cavalo branco me esperando lá fora, tudo isso com muita risada.
Bom! É assim. Tudo foi com muita alegria; numa passagem tranquila. Apesar dos familiares que ficam na Terra, ainda estarem entristecidos. Mas tudo passa com o tempo, que é o melhor remédio. Tenho ido ao encontro deles em sonho, e eles também tem vindo até mim.
E isso é o melhor de todos os mundos. O amor que nos une e nos manterá unidos.
A vida na Terra pode parecer com portas que servem para pessoas partindo, mas também são para receber pessoas que chegam; essas são as portas do coração.
Eu bato para entrar e vocês podem aguardar, pois estarei sempre batendo para entrar. E vocês estão já em meu coração.
Pois fechei a porta para que vocês já mais saiam de mim.
Fiquemos de hoje e sempre, com Deus no coração.
Aos irmãos!

Psicografado em 05 de maio de 2018.

sábado, 19 de maio de 2018

Pedido de orações


Foi um tombo que passou. Que deixou marcas na Alma de minha mãe e de minha filha. Mas as ocorrências daquela época me fizeram agir daquela maneira. Pedi perdão ao Alto e aos que sofreram as consequências das minhas ações. Mas ainda sinto que a minha Alma não tem a paz que eu gostaria.
Tenho pedido orações e a impressão é de que as poucas orações me fazem sentir uma leve melhora. Mas não o suficiente de ter um repouso quanto aos pensamentos que me afugentam da Luz e da Paz. Fiz o que não devia, apesar das diversas orientações. Me pus hora a castigar o corpo e meus pensamentos e coloquei meu Ego a cima de todas as orientações e acima da fé. O que eu fiz foi dar a dor para minha mãe e minha filha.
E agora a sensação da Misericórdia que não chega nunca, me faz vir aqui para pedir orações e preses. Tenho um medo enorme do escuro, onde escuto os gritos e gemidos de coisas que não vejo. Escuto ruídos que me atormentam e sinto a dor forte no estomago que sei, foi causado pelo veneno que ingeri.
Mas quero Paz. Quero calma. E quero sair dessa situação. E não sei como, mas me dizem, e não sei quem, que vocês vão me ajudar. E eu preciso muito de ajuda. Eu preciso de orações.
Quero sair daquele lugar escuro e nojento, cheio de vermes e de barulhos que só me trazem amargura e dor.
Lembro sempre de minha Mãe. Não consigo mais ver ela e nem minha filha que vez por outra parece que escuto umas orações. Mas, preço perdão pela situação que trago, mas preciso de socorro!
Peço para mim, que na ansiedade de sair rápido dos sofrimentos da vida, causou maior sofrimento ainda para pessoas queridas.
Suas preces podem me auxiliar, assim falam as vozes que estão em minha volta. Não quero muito. Apenas a Paz que ainda não tive, no lugar em que parei.
Meu nome,
Marta
Que suas preces me ajudem.
Psicografado em 03 de março de 2018.

domingo, 6 de maio de 2018

Foi aos 88 anos


Foi uma vida feliz que desfrutei na Terra. Era uma dona de casa, com todos os afazeres costumeiros. Casei com um companheiro muito dedicado e que sempre trabalhou para nada faltar no lar. Fui mãe de três filhos: Do João, o primeiro, do Marcos, o segundo, e da Sofia, a filha mais nova. Sempre me dediquei em dar o melhor em termos de religião aos meus filhos. Procurei sempre seguir o eu tinha aprendido com meus pais amorosos. Levei meus filhos para Igreja, onde conduzi para eles todos os sacramentos da Igreja. A dedicação sempre foi em passar o caminho correto para se atingir os Céus e estar com Cristo.
Apesar de ter uma vida que considerei feliz, tive que passar por algumas dificuldades, mas nada que causasse algum desconforto ou preocupações maiores; tudo sempre se resolvia e a normalidade se fazia, seja no lar ou mesmo nas condições de saúde.
Mas com o passar dos anos os filhos foram chegando na idade de deixar o lar. E quando a minha pequena Sofia atingiu a maior idade, o meu querido companheiro teve de nos deixar. Hoje entendo isso! Ele deixou o convívio do nosso lar para viver no Céu. É, foi a maior dor que tive: a morte de meu companheiro. E em meu lar, agora, naquela época, ficou eu e minha filha. Meus dois primeiros filhos já estavam casados e morando em outra cidade.
O tempo passou, mas a solidão não. E os dias pareciam cada vez mais cinzentos. Procurava transparecer força, mas em meu intimo a saudade gritava. E nada acontecia para acalmar, mesmo que um pouquinho.
Dois anos após o desencarne de meu companheiro amado, minha pequena Sofia casou com um querido e simpático homem. No momento a alegria me tomou conta, mas na semana seguinte a saudade passou a me martirizar. Na solidão do lar as lembranças da vida em companhia dos queridos familiares me deixavam uma dor imensa no peito. E tudo parecia levar para problemas cardíacos. Mas não! Era apenas as questões emocionais e a própria necessidade de se adaptar à solidão.
E foi quando, aos 88 anos, tive contato com o Espiritismo. Foi em uma palestra que senti pela segunda vez o reconforto que havia perdido quando a convivência com os meus, em meu lar. Conheci esperança e passei a alimentar o momento do reencontro com meu companheiro, com minha mãe e com meu velho pai. Conhecendo o Espiritismo, passei a vislumbrar a alegria constante do futuro reencontro com pessoas queridas. E mais que apenas pensar no reencontro, passei a ver que em meu lar eu não estava solitária, nunca! Estava na companhia de pessoas queridas, de almas amorosas. Onde antes eu via o silencio e o vazio, passei a ver pessoas queridas a me falar sobre esperança e amor.
É, foi aos 88 anos que conheci o Espiritismo, e ele fez toda a diferença em minha breve vida que tive ainda na Terra. Aos 89 passei a ouvir vozes em minha casa, e claro que já sabia de quem era. Minha mãe estava me visitando. Falava ela que logo eu poderia partir. Não falava disso para ninguém e quando meus filhos vinham me visitar, dizia apenas que meu tempo já era curto. Eles praguejavam dizendo que eu estava em boa saúde e duraria mais 10 anos.
Mas eis que o momento chegou, aos 90 anos, no mês de maio, entrei em um sonho, que nunca mais acordei; um sonho feliz, onde reencontrei muitas pessoas queridas, amigos, familiares, vizinhos. Pude, então, abraçar todos eles com uma ternura. E na Terra via a dor da saudade que deixava em meus filhos. A Sofia, então, pobrezinha, se culpava por não ter me cuidado. E esse remorso me apertou o coração por um bom tempo. E os outros dois filhos, esses conseguiram superar a dor do luto com mais facilidade.
Hoje vivo no Céu, na cidade de luz e amor, localizada mais ou menos sobre Porto Alegre, e é de lá que venho para aqui escrever minha experiência. É uma experiência de fé. E é preciso fé para superar as dores que mais nos apertão no coração. A dor da saudade e da melancolia, a dor da solidão e do isolamento, são as que mais apertão e dilaceram o coração da Alma.
Mas, é graças ao Espiritismo que pude suportar e aguentar tal sofrimento e aos 88 anos encontrar o caminho da Luz.
Fiquem com Deus.
Da sempre amiga!
Ana Clara
Psicografado em 24 de fevereiro de 2018.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Amor e Persistência


A vida tem dessas coisas que incomodam, as vezes até nos fazem lastimar. Mas tudo está nos desígnios do Altíssimo. Deus a tudo administra. E sabe de cada situação e o que salva para a Espiritualidade é tão somente o Amor.
Por isso, dizemos e repetimos sem sessar: Amor e Amar sempre! Sem medo de errar. Quem Ama como o Cristo ensinou, não perde seu tempo, e abre uma grande avenida na Espiritualidade.
E quanto é bela a vida se abrir nas avenidas floridas. Pelo Amor semeado, os encarnados não fazem ideia da grandiosidade que é poder caminhar em tais avenidas de Amor, salpicados com flores de luz, de paz e afeto. Pois o merecimento de cada um está em construir suas próprias avenidas de Amor.
E não desanimem, persistam, e persistam, e persistam, a construir avenidas de Amor. Na caminhada nas avenidas serão na companhia daqueles que também amamos. Não demora nada e cada um se reencontrará com os afetos e amores que semeou.
E na jornada, na caminhada que cada qual faz nossas avenidas de Amor, aqueles que vos acompanharão lhes destacarão os momentos de aflição.
E verás que naqueles momentos, as avenidas levam para imensos jardins. As aflições foram trabalhadas na Espiritualidade, junto de ti, com o plantio de flores e com o acomodar de pedras brilhantes e luminosas. E será de grande alegria que verás que aquele jardim, construído no momento de aflição, serve agora, ou seja, na Espiritualidade, com um momento de aconchego para conversar ­ mansamente sobre aquele dia. Aquele dia que a dor foi mais forte e quando os sentimentos não podiam suportar.
Verás que aquele jardim revigorou a Alma, de alguma maneira, e que agora, ou seja, na Espiritualidade, juntos com aqueles que vos ama, agora sim é um espaço de acolhimento e de descanso para todos que ali passam.
Mas a avenida continua. E tem de deixar aquele belo, magnifico, jardim. E as surpresas serão outros tantos jardins numa caminhada incessante até a casa que lhe espera para lhe acomodar.
A vida é assim, e tem dessas e de tantas outras coisas, mas devemos sempre lembrar de amar e persistir amando, construindo avenidas. E se quiser chamar, se desejar reclamar de algo, lembre-se que nesse momento deste uma parada na construção da nossa avenida, e que juntos estamos a construir um jardim.
Com a, graça de Deus, de Cristo e dos queridos irmãos que nos acompanham sempre.
Amor Fraternal!
Marcos
Psicografado em 10 de fevereiro de 2018.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Perdão e Misericórdia


Fui um desgraçado na Terra. Tinha muita raiva da vida e de muitas pessoas que comigo conviveram. Não tinha nenhuma pena das pessoas, e sim, muita raiva. Quando tinha alguma oportunidade de fazer o mal, assim o fazia e com um gosto que me deixava com um sentimento de glória.
Convivia com a maldade e com ela me sentia realizado. Meus familiares jamais gostaram disso em mim; mas pouco me importava com tal situação. E também contra eles eu me coloquei e causei o mal. Me deleitava em prejudicar e fazer com que as diferentes situações vividas pelos familiares não fossem as melhores.
Mas todo o Mal tem seu fim. E em chegar a termo. Em dado dia e momento, com a raiva corroendo-me por dentro, me coloquei diante da arma e disparei sem dó. A dor da bala pouco causou sofrimento. Mas os momentos que daí decorreram foram os mais doloridos e constrangedores. Sentia com muita intensidade cada dor, cada fincada na alma, e cada espetada no coração. Como um rio de lava passou a me queimar as entranhas. Gritava em total desespero e nada acontecia, ninguém por me salvar. E logo tudo ficou como uma noite que nada podia ver, nada conseguia perceber.
Tudo era escuridão e dor como jogo na alma. E o pior foi o frio que se abateu sobre mim. O gelo me fez reclamar ainda mais. Tremia de frio e tudo que busquei para acalmar a tremedeira do gelo, nada ajudou, nem o barro, folhas ou mesmo o lodo com musgos que fedia como carne podre. Quanta dor passei; quanto frio senti; quanto medo; passei a ter de mim mesmo. E ninguém por mim, e nem para me apontar um caminho para sair daquele maldito lugar; que lugar! Era meu pensamento.
Gritos por toda parte e gemidos em tom estridente me movimentaram para frente, me fazendo afundar na lama com musgos. Em minha boca, por onde passou a bala, o lodo entrava e o musgo me engasgava, me dando a sensação de que morreria afogado. Mas morto eu já estava. E tudo aquilo que passava era um pesadelo tétrico. Em vertiginoso contexto de inferno vivo.
Mas chegou um dia, que não consigo precisar. Eu não mais conseguia gritar, sequer conseguia lamuriar; estava eu flutuando sobre a lama e o lodaçal de musgos, que nem mais cheiro tinha, quando percebi ao longe uma claridade. Nossa, fazia muito tempo que eu nem conseguia entender a luz. Mas da claridade pessoas vieram em minha direção. Eu não conseguia falar. Não conseguia, sequer, perguntar. E elas me colocaram em uma maca e disseram:
- Filho! Viemos te buscar. Agora está seguro. Fica calmo e aproveita para dormir.
Não sei quanto tempo foi que fiquei naquele inferno e nem quanto tempo já estava sem dormir. Mas a chegada daquelas pessoas me oportunizar o sonho reconfortador.
Acordei não sei quanto tempo depois; estava num quarto de hospital. Quando acordei, senti uma paz como nunca antes. E isso me fez chorar compulsivamente. Chorei como nunca. E adentrou pela porta, naquele instante, uma enfermeira que me acolheu imediatamente. Não conseguia parar de pedir perdão. E diante da situação fui medicado. E de novo dormi.
Quando lembro dessa minha trajetória, fico a consolar ao Pai, que me concedeu o perdão, que me concedeu a misericórdia.
Hoje deixo minha história para estudo. E como ainda estudante, sigo no caminho dado pelos Irmãos Superiores.
Espero que me Perdoem.
Fiquem em Paz.
Valdomiro
Psicografado em 25 de novembro de 2017.

sexta-feira, 30 de março de 2018

Quanto tempo já passou!


Da noite que iluminou o País ao dia de hoje 27, foram cinco anos a contar pelo calendário da terra.
Mas aqui no céu os dias e anos são diferentes. Parece que foi apenas alguns momentos. Mas são de momentos muito intensos na companhia de familiares e de pessoas amigas, todas muito queridas, amorosas e que acompanham a cada pensamento e sentimento que possa causar lembranças tristes.
Mas como escrevia: foram já cinco anos daquela noite que iluminou o País. As chamas não foram tão altas, mas a fumaça atingiu altitudes incomensuráveis. Estávamos ao som de música ao vivo e tudo transcorria na maior alegria de sempre. Quando, de repente uma breve confusão agitou o ambiente e logo a luz no teto se confundia com algumas labaredas e já se fez uma espessa fumaça e tudo mais já se sabe.
Mas o que não sabem é a situação dos encontros que ocorreram com todas aquelas almas que correram para o desconhecido. Para uma porta sem saída. Muitos de nós nos deparamos com amigos e familiares e logo uma nova confusão se fazia. Ao encontrar com minha tia, que de muito já havia desencarnado, fiquei um pouco assustada. Afinal foi no lampejo da imagem que minha tia se fez em minha frente. E no susto e sustos mais fui acometida de um desconforto sobre o que estava acontecendo.
Mas a Tia logo falou da situação. Que estava a me buscar, que eu iria para outro lugar e que não poderia, por hora, retornar para casa. Sem entender o que se passava, pois ficava atordoada, diante da “fantasma” de minha Tia, fui procurando compreender sem entender. Mas a situação logo se fez, ao menos para mim, que estava eu morta. E isso me constrangia profundamente. Pois tinha uma sensação de dor profunda quanto a pai e a mãe que havia, “horas antes”, me despedido brevemente dizendo que retornaria pela manhã.
Mas não mais. Fui acolhida de forma muito amorosa por Almas queridas. E de dor e sentimento de angústia, logo tudo virou uma paz e serenidade. Minha maior dor, suportável pelo contato fraterno da Tia, era o de sentir e ver o choro compulsivo de meus pais e amigos que deixava para a Terra. Ver eles do céu dava uma sensação de vazio e remorso, mas que logo passava no abraço afetuoso da Tia. E nos braços da Tia eu consegui ao longo desses momentos no Céu, acompanhar e suportar a distância que nos separam. A distância que para nós no Céu para a Terra não é nada. Mas que para aqueles queridos que deixamos, parece muito, parece longo, parece sem fim.
É, para eles parece uma dor sem fim. Mas cada lágrima que deles brota, será recompensada e não tarda muito, pelo menos para quem já está no Céu. Não tarda muito o reencontro com meu Pai e depois com minha Mãezinha.
Mas a situação de reconforto nos braços da Tia foi e é de tal forma, que supre toda e qualquer angústia. Estou cercada de carinho e com mil planos para logo mais. Quero ainda estudar aqui sobre a psicologia e depois quero encarnar para trabalhar com todos aqueles que sofrem da necessidade de superar perdas que comovem profundamente o coração. Quero trabalhar no futuro com pessoas que necessitarão passar pela dor emocional que parece nunca ter cura, que parece nunca melhorar ou diminuir.
Mas faço minhas visitas periodicamente com minha Tia. Visito meus pais quando me é permitido. Vejo eles em seus sonhos. E já são algumas vezes e eles acordam e comentam sobre o que conversamos e como eu estava.
Estou feliz pela oportunidade e de deixar para os estudos o desejo de que a paz e a emoção da fraternidade se faça nos corações.
A vida não para e o bom de tudo é saber do reencontro que se dá com todos os que amamos. Familiares queridos de sempre com sorriso nos acompanham e orientam. É isso uma alegria imensa para mim e para muitos que partem da Terra.
Vim para colaborar com os trabalhos da Organização. Chegamos em caravana. E faz algum tempo que já estamos em visita dos familiares e amigos. E como sabem: Deus permite que os corações que querem fazer o Bem, recebam o bem. Assim, deixamos depositados em todo o ambiente por onde passamos, ramalhetes de flores.
Fica nossa história!
Fica minha história!
Para sempre.
R. D. F.
Psicografado em 27 de janeiro de 2018.